O marketing de influência usa personalidades para promover produtos, alcançando audiências específicas através de recomendações autênticas.
Dado o fenómeno da globalização, e com o rápido e fácil acesso à internet, sucede-se uma grande adesão dos públicos ao digital. Os consumidores apresentam-se cada vez mais informatizados e tomam interesse nas redes sociais, tornando-se praticamente impossível conhecer alguém sem presença no mundo digital.
Uma vez que a internet faz constantemente parte da nossa vida, somos bombardeados com diferentes estilos de marketing digital todos os dias, sendo um dos principais o marketing de influência. Ao contrário do que pode ser percecionado pelo consumidor, há muitos anos que as marcas tentam manipular e influenciar as decisões de compra do consumidor. Isto dá-se através de um conjunto de variadas técnicas e estratégias que permitem descobrir as necessidades do consumidor, encontrando a melhor forma de as satisfazer ou até mesmo influenciá-lo a desejar certo produto ou serviço.
Surge então um novo termo: o “influencing“, que se refere à prática de influenciar a audiência através das redes sociais, blogs e plataformas digitais.
Os influencers são pessoas que utilizam as plataformas digitais para chegar a um elevado número de pessoas, com o objetivo de alterar os seus hábitos ou comportamentos através de técnicas de publicidade e marketing. Isto é muito visível em áreas como a alimentação, o exercício físico, moda e conhecimento.
Em Portugal, assim como em muitos outros países, essa tendência tem ganhado cada vez mais relevância e impacto na vida das pessoas.
O fenômeno do influencing é marcado por indivíduos que se tornam referências em nichos específicos, construindo uma base de seguidores alargadas. Esses seguidores confiam nas opiniões e recomendações dos influenciadores, o que gera oportunidades de colaboração com marcas e empresas. Os influenciadores passaram a ser remunerados por meio de parcerias, promoções de produtos, publicidade e outras formas de colaboração.
Em Portugal, o cenário dos influenciadores digitais está em ascensão, e muitos têm alcançado sucesso ao monetizar a sua presença online. Desde bloggers que partilham as suas experiências e dicas, até aos criadores de conteúdo nas plataformas de vídeo e redes sociais, há uma variedade de perfis de influenciadores no país. Estes abordam desde moda, beleza, estilo de vida, viagens, alimentação, até temáticas específicas, como gaming e tecnologia.
O impacto económico do influencing em Portugal é considerável. As marcas reconhecem o poder de influência que os criadores de conteúdo têm sobre seu público-alvo e investem em colaborações estratégicas para promover seus produtos e serviços. Isso não apenas impulsiona o comércio eletrônico, mas também contribui para a economia digital do país.
Entretanto, é importante destacar que o influencing também traz desafios, como a necessidade de transparência na relação entre influenciadores e seguidores, a gestão da imagem pessoal, a concorrência e a pressão para manter um conteúdo relevante e cativante.
No entanto, nem sempre a informação divulgada é a mais correta cientificamente, prevalecendo a lógica do marketing. A maioria apela ao consumo em vez de informar sobre as opções.
Posto isto, deverão as empresas apostar na utilização de influencers e marketing de influência?
Nos dias que correm, é necessária a utilização de influenciadores para a promoção e divulgação das marcas, produtos ou serviços, uma vez que já existem estudos que demonstram a eficácia desta estratégia.
Contudo, é necessário melhorar a literacia. A literacia passa inevitavelmente pelo acesso à informação, mas ultrapassa-o na necessidade de a processar e entender, integrando o conhecimento numa prática efetiva. Desta forma teremos uma informação útil e capaz de promover a mudança de comportamentos no sentido de melhorar a qualidade de vida das pessoas e ao mesmo tempo o desenvolvimento da empresa.
Em suma, viver dos novos trabalhos online, especialmente como influenciador digital, tornou-se uma opção viável e atrativa para muitos em Portugal. Este fenómeno vai moldando a paisagem digital do país e está intrinsecamente ligado à evolução da tecnologia e à forma como as pessoas consomem informações e interagem com marcas na era digital.
O futuro parece promissor para os influenciadores, desde que a ética, a informação rigorosa e a autenticidade continuem sendo pilares fundamentais dessa indústria em constante transformação.