Como ter a minha Conta Poupança?

Como ter a minha Conta Poupança?

A conta poupança é um produto financeiro  com o qual poderá aforrar durante o período de tempo que mais lhe convenha para satisfazer os seus objetivos futuros. Funciona como uma espécie de mealheiro, o qual vai sendo reforçado quer com o capital que lá vai injetando, quer com os juros sobre esse mesmo capital.

Isto significa que o montante depositado estará sempre a render.

Uma conta poupança é um tipo de conta bancária na qual se vai depositando um determinado montante periodicamente e que, ao fim de um determinado prazo, rende juros.

Nenhum destes produtos é igual, sendo que existem diversos fatores que devem ser considerados para que possa escolher o melhor para si.

Características a ter em conta antes de escolher abrir uma conta poupança

1. Modalidade

Uma conta poupança pode ter 2 modalidades diferentes.

  • Por um lado, é possível ter uma conta poupança a prazo. Estas são normalmente designadas de depósitos a prazo, sendo que nestas o titular não pode retirar dinheiro sob penalização (parcial ou total) dos juros obtidos. Para além disso, e tal como o próprio nome indica, têm um prazo definido e, por norma, não são renováveis automaticamente.
  • Por outro lado, uma conta poupança pode também ser à ordem. Nestes casos, a movimentação do dinheiro depositado é feita através da conta à ordem do cliente. Será nesta última categoria que aqui se incidirá.

2. Montantes de constituição

O primeiro fator a considerar reside no montante mínimo e máximo de constituição desta poupança. Estes produtos financeiros são direcionados para todos os tipos de carteiras, podendo ser subscritos com valores mais ou menos elevados (por exemplo, tanto pode abrir com 25€ euros como com 1.000€).

Por norma, montantes mais elevados permitem obter maior rendimento pois é sobre o valor que o cliente detém na conta poupança que os juros são calculados. No entanto, a taxa de juro associada a este produto também é um fator determinante para a rentabilidade do mesmo.

3. Taxas de juro

As taxas de juro aplicadas aos produtos financeiros de poupança são diferentes das que são destinadas aos créditos.

Neste caso, as taxas utilizadas são a TANB (Taxa Anual Nominal Bruta) e a TANL (Taxa Anual Nominal Líquida). A TANB é a mais comummente apresentada pelos bancos, mas, no fundo, é para a TANL que o consumidor deve olhar uma vez que esta representa o valor real dos juros após a dedução de impostos.

4. Vencimento de juros

O vencimento de juros pode, ou não, estar diretamente relacionado com o prazo de constituição da conta poupança.
Por um lado, existem contas poupança cujo pagamento de juros é efetuado aquando do término do prazo estipulado, enquanto, por outro lado, é possível constituir com um prazo mais longo e um vencimento de juros repartido.

5. Reforços

Uma conta poupança é como um mealheiro porque, por norma, é possível fazer reforços (isto é, depositar mais dinheiro do que aquele com que abriu a conta) sempre que quiser. Existem dois tipos de reforços: pontuais e programados (que podem, ou não, estar disponíveis no produto escolhido).

Reforços Pontuais são aqueles que o cliente faz sempre que quiser.
Em resumo, sempre que puder colocar mais algum dinheiro na sua conta poupança, esta ação tem o nome de reforço pontual.
Dependendo da poupança, este tipo de reforço pode, ou não, ter um valor mínimo estipulado.

Nota: É sempre útil ter esta opção disponível. Imagine que ganha um prémio no seu trabalho e que pretende aplicar esse valor: poderá guardá-lo na sua conta poupança. Pode ainda colocar parte do seu subsídio de férias neste produto.

Reforços Programados funcionam de forma diferente: nestes o cliente acorda um valor específico com o banco e essa quantia é-lhe retirada de forma periódica – mensal, semestral, trimestral, entre outros – da sua conta à ordem diretamente para a poupança.

Nota: Esta última opção é uma boa forma de ir acumulando poupanças se tem dificuldade em controlar o seu dinheiro, pois, deste modo, acaba por não gastar esse montante nas suas despesas mensais.

Quais as vantagens e desvantagens deste produto?

Uma conta poupança permite ir juntando dinheiro ao longo do tempo sem que essa quantia esteja na conta à ordem e, assim, sem que se tenha a tentação de utilizar esse montante.

Para além disso, o valor que se depositar estará assegurado pelo Fundo de Garantia de Depósitos – um mecanismo que garante o reembolso de depósitos bancários – até um máximo de 100 mil euros por depositante, por banco.

Tendo uma conta poupança o montante depositado está sempre a render e, mesmo não tendo taxas de juro muito elevadas, a verdade é que acaba por ser mais vantajoso do que ter as poupanças numa conta à ordem, ou mesmo muito mais seguro do que guardadas em casa.

Outro grande benefício reside no facto de, contrariamente ao que acontece com os depósitos a prazo, ser permitida a movimentação do montante depositado, total ou parcialmente, sempre que se quiser e sem penalização de juros (embora isto possa diferir de banco para banco).

Como abrir conta poupança?

A abertura de uma conta poupança é um processo muito simples e rápido.

Uma vez que é comum o titular da conta poupança ser também titular de uma conta à ordem na mesma instituição financeira, muitas vezes o cliente apenas necessita de escolher a poupança mais indicada para si e aceder ao homebanking para efetuar a subscrição deste produto financeiro.

Caso o consumidor ainda não seja cliente de determinada instituição, basta deslocar-se a um balcão do banco no qual pretende ter uma conta poupança e abrir uma conta à ordem, em primeiro lugar, entregando a documentação necessária. Muitos bancos permitem constituir a poupança de imediato, facilitando ainda mais o processo.

Cuidados a ter ao constituir uma conta poupança

Se está a pensar em abrir uma conta poupança, é importante considerar alguns critérios para fazer a escolha acertada. Ao fazer a sua pesquisa, tenha em conta as condições que são mais vantajosas para o seu caso.

Por exemplo: verifique se a conta poupança permite automatizar as entregas. Esta possibilidade pode ser especialmente vantajosa para garantir que a poupança é mesmo colocada de parte, ao invés de esperar pelo final do mês para ver o que sobra. Nessa altura, pode não conseguir fazer a entrega. Assim, não precisa de se preocupar constantemente em colocar o montante de parte e há menor tentação de o gastar, dado que o acesso é mais restrito.

Outro fator decisivo para a sua escolha é a possibilidade de mobilização do capital. Se está a constituir uma conta poupança para criar um fundo de emergência, é importante que possa aceder facilmente às suas poupanças, sem penalizações nos juros nem encargos de resgate. Por outro lado, se já tem o seu fundo de emergência criado, poderá considerar contas poupança que não permitam a mobilização, já que, na maior parte dos casos, as restantes condições são mais vantajosas.

Considere também o prazo da conta poupança mais adequado ao seu objetivo. Se quer poupar para ir de férias ou para comprar um carro, as opções com prazos mais curtos podem ser uma boa solução. Por outro lado, se estiver a poupar para a reforma, poderá analisar alternativas a médio e longo prazo, para obter o melhor fundo de poupança possível quando deixar de trabalhar.

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